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Entre Areias e Espumas

Entre Areias e Espumas Por entre seios de areia, A antecipar o vestígio do passo. Com beijos de espumas , o regaço titubeia, Em um silencioso e carinhoso ofício, Pois, aprendi que a espera é o útero do amor. É sim, em verdade, também um ato de amor Por simples sentar e ficar em silêncio. Do sereno ser que rega a flor no coração. Volto-me para o silêncio Como o mar retorna à sua concha maternal, Onde encontra, submersa, protegida, De pólipos coloridos, fractal,  Sua alma, branca, íntegra,  Com gosto de sal. Cada grão de areia, Juntos contam uma pérola, Cada espuma, o adeus das ondas, E eu conto a testemunha Caridosa da eternidade. Sem temer o vazio  Entre uma palavra e outra Nesse intervalo que repousa o canto, Cantam as pedras a loucura do mar, De ser oceano, junto do céu, no além-mar. O amor não grita, Mas o ouvem os passarinhos, Faz brisa, toca leve, e faz marulhar Tem por morada as asas dos anjos, E o recôndito do singelo olhar. Entre areias e espumas, Um filho ocioso ...

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