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Goiabeira

  Goiabeira Eu ficaria aqui, embaixo de ti, como a tua sombra que acompanha o sol. Ficaria sempre aqui, apenas um menino, sem casa e sem rumo, aos teus pés a cochilar. Aqui eu ficaria, como o duro desse chão que abraça tua raiz; Como o tempo da estação que faz a fruta cair com tua aprovação. Ali, bem acima de mim, onde o vento fala de ti, contam galhos e silêncios; Bem aqui eu me deitaria, onde rezam os passarinhos, e, com folhas, me cobriria. Em ti não subiria. Seria teu chão, tua terra, Poeira a te sustentar, Mato que te faz companhia, Vento que te balança, Chuva que te acaricia. Ficaria embaixo, não por temer o céu ou cavar o duro chão. Teu simples existir eleva minha oração. Goiabeira , na sombra do meio-dia, embaixo de ti, ainda assim, logo abaixo de ti eu ficaria, não por preguiça ou covardia, Mas somente por só por um motivo - porque ali, embaixo de ti, Meu coração, com tua doçura amadureceria por Janderson Gomes (Caraumã) Reflexões em 18 de...

Quem Vos Escreve


Rio Cauamé ao longo das paragens do Barrada.

Estimado(a) Visitante,

Com sincera acolhida, contemplo a mescla de gratidão e júbilo ao que te trouxe até aqui, em busca de desvendar um fragmento daquele que vos escreve.

De tempos a tempos, o espírito me conduz a esta senda, reminiscente de Ulisses retornado a Ítaca, trazendo comigo novos trechos da jornada, ornados com desenhos e pinceladas frescas.

E que não vos surpreenda encontrar, nessa vetusta bagagem, temas como arte, religião, física, matemática ou filosofia.

Nasci em Roraima, estado do norte Brasileiro, com uma infância sonhando com viagens infindas, perdendo-me no liame abandonado às margens de uma antiga pedreira no lavrado.

Este espaço foi transformado em lixão e posteriormente loteado. Fica próximo ao rio Cauamé, onde primeiro pude vislumbrar senão vestígios e descobertas por um jovem sonhador almejando ser arqueólogo.

Vi ali também, a flor desabrochar entre os resíduos descartados antes de alçar voo para qualquer jardim. Foi ali que compreendi que por mais bela ou desvanecida que seja qualquer paisagem, é no cerrar das pálpebras que a contemplação atinge sua plenitude. 

E que há beleza e sabedoria nas rugas das mãos que plantam com a mesma força, leveza e tenacidade com que fazem uma prece.

Assim cresci, junto de minhas três musas irmãs e meu forte irmão, para me formar engenheiro eletricista, profissão que herdei de meu pai, tal qual a argila moldada pela fluidez da água, removendo da pedra tudo que não é pedra, pela cinzel do artífice, pelo fogo do artesão, pelos matizes do pintor e pela dança da expressão, dos conhecimentos os quais herdei de minha mãe.

E na sinfonia da música da vida, da alvorada ao crepúsculo, nasceu este pequeno espaço em formato de blogue, sob o suor que brota da fronte daquele que, com amor, capina e planta no mundo sem fim.

Sinta-se à vontade para explorar e trocarmos ideias.

Cordialmente,

02 de agosto de 2016. Boa Vista, Roraima

— Janderson Gomes da Silva.

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