Pássaro azul
Pássaro Azul É com a tinta da noite e os impulsos do coração que te escrevo A emoção que tua presença me inspira. É na quietude das horas tardias, entre o arranhar e o lavar dos pratos, Que te encontro na janela da minha alma, Tua plumagem azulada refletindo o celeste dessa alma em paz. Vejo-te no alto do mamoeiro, onde repousas majestoso em tua torre de contemplação, És uma testemunha silenciosa do vento que adentra nesta casinha-mansão. Ali, entre as folhas verdes e os murmúrios da brisa que acariciam os frutos dos teus desejos, Tua presença é meu convite para olhar no espelho. Mas como poderia descrever-te? Como outros poderiam te ver? Sempre falo de ti e teus olhos negros cintilantes, Mas quando apareces és tão singular, múltiplo e incerto, Que nunca pareces com o desenho que fiz de ti! E tenho de fechar meus olhos para ver-te! - O Artientista Reflexões em 28 de abril de 2024. Créditos da imagem: Vitória Régia Albuquerque da Silva (2024)