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Pássaro azul

  Pássaro Azul É com a tinta da noite e os impulsos do coração que te escrevo A emoção que tua presença me inspira.  É na quietude das horas tardias, entre o arranhar e o lavar dos pratos,  Que te encontro na janela da minha alma,  Tua plumagem azulada refletindo o celeste dessa alma em paz.  Vejo-te no alto do mamoeiro, onde repousas majestoso em tua torre de contemplação,  És uma testemunha silenciosa do vento que adentra nesta casinha-mansão.  Ali, entre as folhas verdes e os murmúrios da brisa que acariciam os frutos dos teus desejos,  Tua presença é meu convite para olhar no espelho.  Mas como poderia descrever-te? Como outros poderiam te ver?  Sempre falo de ti e teus olhos negros cintilantes,  Mas quando apareces és tão singular, múltiplo e incerto,  Que nunca pareces com o desenho que fiz de ti!  E tenho de fechar meus olhos para ver-te!  - O Artientista Reflexões em 28 de abril de 2024.  Créditos da imagem: Vitória Régia Albuquerque da Silva (2024)

Quem Vos Escreve


Rio Cauamé ao longo das paragens do Barrada.

Estimado(a) Visitante,

Com sincera acolhida, contemplo a mescla de gratidão e júbilo ao que te trouxe até aqui, em busca de desvendar um fragmento daquele que vos escreve.

De tempos a tempos, o espírito me conduz a esta senda, reminiscente de Ulisses retornado a Ítaca, trazendo comigo novos trechos da jornada, ornados com desenhos e pinceladas frescas.

E que não vos surpreenda encontrar, nessa vetusta bagagem, temas como arte, religião, física, matemática ou filosofia.

Nasci em Roraima, estado do norte Brasileiro, com uma infância sonhando com viagens infindas, perdendo-me no liame abandonado às margens de uma antiga pedreira no lavrado, espaço logo transformado em lixão e o qual fora loteado posteriormente, próxima ao rio Cauamé, e o que pude vislumbrar não eram senão vestígios, descobertas por um jovem arqueólogo do cosmos.

Vi ali também, a flor desabrochar entre os resíduos descartados antes de alçar voo para qualquer jardim. Foi ali que compreendi que por mais bela ou desvanecida que seja qualquer paisagem, é no cerrar das pálpebras que a contemplação atinge sua plenitude. E que, como fora dito na canção, cada um de nós é o resultado da união de duas mãos coladas em uma mesma oração.

Assim cresci, para me formar engenheiro eletricista, tal qual a argila moldada pela fluidez da água, removendo da pedra tudo que não é pedra, pela cinzel do artífice, pelo fogo do artesão, pelos matizes do pintor e pela dança da expressão.

E na sinfonia da música da vida, da alvorada ao crepúsculo, nasceu este pequeno espaço em formato de blog, sob o suor que brota da fronte daquele que, com amor, capina e planta no mundo sem fim.

Sinta-se à vontade para explorar.

Cordialmente,

02 de agosto de 2016. Boa Vista, Roraima

— Janderson Gomes da Silva.

Pause 2016 Motion Response - Evolution by Pixel from Pause Fest on Vimeo.

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