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Goiabeira

  Goiabeira Eu ficaria aqui, embaixo de ti, como a tua sombra que acompanha o sol. Ficaria sempre aqui, apenas um menino, sem casa e sem rumo, aos teus pés a cochilar. Aqui eu ficaria, como o duro desse chão que abraça tua raiz; Como o tempo da estação que faz a fruta cair com tua aprovação. Ali, bem acima de mim, onde o vento fala de ti, contam galhos e silêncios; Bem aqui eu me deitaria, onde rezam os passarinhos, e, com folhas, me cobriria. Em ti não subiria. Seria teu chão, tua terra, Poeira a te sustentar, Mato que te faz companhia, Vento que te balança, Chuva que te acaricia. Ficaria embaixo, não por temer o céu ou cavar o duro chão. Teu simples existir eleva minha oração. Goiabeira , na sombra do meio-dia, embaixo de ti, ainda assim, logo abaixo de ti eu ficaria, não por preguiça ou covardia, Mas somente por só por um motivo - porque ali, embaixo de ti, Meu coração, com tua doçura amadureceria por Janderson Gomes (Caraumã) Reflexões em 18 de...

Theodor Koch-Grünberg: Contos Indígenas da América do Sul (Tradução)

O presente texto se apresenta como uma tradução meticulosa e atenciosa da obra derradeira de Theodor Koch-Grünberg - "Indianermärchen aus Südamerika" (1927), escrita em alemão, com o propósito de resguardar e partilhar a opulência das narrativas dos povos autóctones, numa prosa que anseia por desnudar um fragmento da profundidade e poesia inerente aos contos nativos, notadamente das paragens que abrangem atualmente o estado brasileiro de Roraima e a região que permeia Venezuela e Guianas. Boa leitura!


Theodor Koch-Grünberg - "Indianermärchen aus Südamerika"
(Tradução por J. G. da Silva)

A tradição oral dos povos indígenas sul-americanos, com sua rica complexidade e diversidade, sempre fascinou estudiosos e aventureiros. Theodor Koch-Grünberg, em sua obra "Indianermärchen aus Südamerika", capturou um pedaço desse universo quase mítico, onde a realidade e o imaginário se entrelaçam em narrativas tão antigas quanto a própria floresta. 

Koch-Grünberg, com sua sensibilidade etnográfica, nos presenteou com uma obra que revela não apenas mitos e lendas, mas também contos ancestrais que pulsam com uma vitalidade primitiva e, ao mesmo tempo, sofisticada. Ao traduzir o livro, busquei manter a integridade e o vigor da narrativa original, respeitando as nuances e os significados originais que tornam esses contos tão únicos.

Essa tradução, que agora compartilho gratuitamente, é uma oferta para aqueles que desejam conhecer mais profundamente alguns contos dos povos indígenas da América do Sul. Cada história contada pelos nativos ao redor da fogueira, iluminada pelo brilho vermelho do fogo, carrega consigo não apenas o peso da tradição, mas também uma alegria quase ritualística, uma celebração da vida e do mistério que a envolve. Convido os leitores a embarcar nessa viagem pelas raízes mais profundas da nossa identidade sul-americana.

Boa leitura!

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