Pular para o conteúdo principal

Talvez você goste

Novo endereço desse blogue: carauma.com

Queridos leitores, Hoje anuncio a mudança de endereço do artientista.blogspot.com , meu cantinho desde 2016, com o coração repleto de gratidão.  Durante estes quase dez anos, compartilhei com vocês descobertas, reflexões e inspirações que brotaram de um labor apaixonado. Cada comentário, cada visita silenciosa, cada ideia trocada foi um presente que me incentivou a pensar diferente, e por isso lhes digo: obrigado. Como bem escreveu Khalil Gibran em O Profeta , na parte “Sobre o Dar”: “Vós dais pouco quando dais de vossas posses. É quando dais de vós mesmos que dais de fato.” Khalil Gibran, O Profeta (1923) De coração aberto, sinto que doei a mim mesmo em cada texto, e recebi em troca o tesouro inestimável da amizade e do calor humano de cada um de vocês. Agora, entro numa nova etapa, convido-os a me acompanhar no novo endereço,  caraumã.com , um espaço reformulado, com visual renovado e conteúdo aprimorado.  Ali, continuarei a partilhar minhas ideias, sempre busc...

Os Anjos e as Nuvens

Os Anjos e as Nuvens

Às vezes, de tardezinha neste quintal,
Não sei que horas são...
... sei que faz sombra o mamoeiro...

Olho para o céu azul brilhante,
Cheio de imensidão,
Repleto de nuvens,
De sol a pino e de vento ligeiro.

As nuvens são como os anjos:
Anjos de variadíssimas formas radiantes;
Alguns choram pela dor da humanidade,
Outros cuidam de abrandar as costas nuas.

Alguns são sorridentes,
De patas e asas esfuziantes;
Outros, carregados de água,
E tempestades de silêncio;

Há muitos de cabelo enroladinho,
Que gostam de saudar o vento,
E vários peraltas esvoaçantes,
Que brincam de riscar o firmamento.

Um nem cabelo tem,
Mas tem o tempo todo na mão:
Gosta de ajustar seu relógio,
Enquanto um passarinho
Faminto vem comer mamão.

Mas ouvem todos, atentos,
as preces, súplicas e orações
de um nobre alado urubu,

Que voa alto, vai além,
vive de purificar:
Que revela onde,
no horizonte,
Há sede,
Fome e vontade de ficar.

Mas eis que a hora
No céu se adianta,
Reluz com raios fugidios
E tinge tudo de laranja

Fica de noitinha,
Os anjos ficam até tarde;
Alguns dormem lá
No colo da Serra-Grande,

Outros se deitam
No Rio Branco,
Bem longe da cidade.

Mas eis que surge
Um céu escuro
Na mata do cosmos

Surgem alguns dos olhos de Deus,
Muitos pequeninos, muitos fulgurantes,
Um rosto cor da noite salpicada
Com pequeninos pirilampos.

São olhos atentos a nos velar;
E quanto mais escuro fica,
Mais vagalumes aparecem

São tantos que nem dá pra contar,
Parece um rio de leite
Com tantos a voar.

por Janderson Gomes (Caraumã)
Reflexões em 08 de Junho de 2025

Comentários

Postagens mais visitadas