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Goiabeira

  Goiabeira Eu ficaria aqui, embaixo de ti, como a tua sombra que acompanha o sol. Ficaria sempre aqui, apenas um menino, sem casa e sem rumo, aos teus pés a cochilar. Aqui eu ficaria, como o duro desse chão que abraça tua raiz; Como o tempo da estação que faz a fruta cair com tua aprovação. Ali, bem acima de mim, onde o vento fala de ti, contam galhos e silêncios; Bem aqui eu me deitaria, onde rezam os passarinhos, e, com folhas, me cobriria. Em ti não subiria. Seria teu chão, tua terra, Poeira a te sustentar, Mato que te faz companhia, Vento que te balança, Chuva que te acaricia. Ficaria embaixo, não por temer o céu ou cavar o duro chão. Teu simples existir eleva minha oração. Goiabeira , na sombra do meio-dia, embaixo de ti, ainda assim, logo abaixo de ti eu ficaria, não por preguiça ou covardia, Mas somente por só por um motivo - porque ali, embaixo de ti, Meu coração, com tua doçura amadureceria por Janderson Gomes (Caraumã) Reflexões em 18 de...

Pintura: Jovem Nicaula, A Futura Rainha de Sabá

"Jovem Nicaula", 80 x 50 cm, Óleo sobre madeira.
J. Caraumã, 2025.

Uma jovem curiosa e de olhar distante antes a subir ao trono, onde mais tarde seria conhecida como a grande rainha do antigo reino de Sabá, que abrangia o sul da Península Arábica e parte da moderna Etiópia, figura em tradições judaicas e cristãs como a enigmática monarca que viajou a Jerusalém para testar a sabedoria de Salomão. É celebrada na tradição islâmica como Bilqīs, interlocutora do profeta Sulaymān. E citada também na épica etíope do Kebra Nagast, onde surge como Makeda, mãe de Menelik I, fundador da dinastia salomônica. Flávio Josefo, historiador judeu-romano, chama a soberana de Nicaula em sua obra.

 
"Jovem Nicaula", 80 x 50 cm, Óleo sobre madeira.
J. Caraumã, 2025.

“Jovem Nicaula, Futura Rainha de Sabá” é um retrato simbólico que explora o sagrado feminino através de uma lente profundamente introspectiva e surreal. Pintada em óleo e acrílico sobre madeira, esta obra combina elementos mitológicos, espirituais e filosóficos para retratar uma jovem Nicaula, perdida em pensamentos, contemplando um destino desconhecido.

No centro da composição está seu rosto sereno, repousando ao lado de uma caveira adornada com borboletas (Memento Mori), confiança da vida diante da morte, representando transformação, mortalidade e renascimento. O pássaro abelharuco, conhecido da história do Rei Salomão, simboliza a sabedoria e a comunicação divina. Atrás dela, uma sequência de esferas e uma mandala solar ecoam a proporção áurea e a geometria eterna da vida, enquanto a paisagem distante e as águas calmas evocam o anseio e as marés emocionais da incerteza.

Esta obra reflete sobre a intuição feminina, a dúvida e o despertar — unindo a vida e a morte, o conhecido e o misterioso. Sua base de madeira texturizada realça o calor e a atemporalidade da cena. Uma pintura para colecionadores que buscam profundidade, beleza e histórias dentro da tela.

por Janderson Gomes (Caraumã) em 2025.

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