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Pássaro azul

  Pássaro Azul É com a tinta da noite e os impulsos do coração que te escrevo A emoção que tua presença me inspira.  É na quietude das horas tardias, entre o arranhar e o lavar dos pratos,  Que te encontro na janela da minha alma,  Tua plumagem azulada refletindo o celeste dessa alma em paz.  Vejo-te no alto do mamoeiro, onde repousas majestoso em tua torre de contemplação,  És uma testemunha silenciosa do vento que adentra nesta casinha-mansão.  Ali, entre as folhas verdes e os murmúrios da brisa que acariciam os frutos dos teus desejos,  Tua presença é meu convite para olhar no espelho.  Mas como poderia descrever-te? Como outros poderiam te ver?  Sempre falo de ti e teus olhos negros cintilantes,  Mas quando apareces és tão singular, múltiplo e incerto,  Que nunca pareces com o desenho que fiz de ti!  E tenho de fechar meus olhos para ver-te!  - O Artientista Reflexões em 28 de abril de 2024.  Créditos da imagem: Vitória Régia Albuquerque da Silva (2024)

Theodor Koch-Grünberg: Cotidiano dos Taurepang na Maloca do Mel em Roraima (1911) (Filme Colorizado)

Jovens se divertindo com a brincadeira "Cama de Gato".

Prezados leitores, compartilho convosco uma incursão recente aos recônditos do passado, onde as maravilhas da tecnologia atual se encontraram com a saudade de um registro datado de 1911, um pequeno sopro acerca da história dos povos indígenas da América do Sul, em particular das paragens conhecida atualmente como estado de Roraima (Brasil). 

Eis que surgiu a vontade de buscar desvelar alguns matizes ocultos em tons de cinza.

Esta jornada, impulsionada pela ânsia de desvendar alguns matizes ocultos em tons de cinza, através da aplicação de técnicas emergentes do deep-learning, onde foi utilizado Python como linguagem de programação na plataforma computacional Colab do Google, pude trabalhar sobre este tesouro magnífico registrado por Theodor Koch-Grünberg e Hermann Schmidt, 

Exploradores os quais, como testemunhas do passado, capturaram parte da vivência dos Taulipáng (também conhecido como Taurepang ou Pemon) à época do início do século passado, transformando alguns registros cotidianos em verdadeiros tesouros para a eternidade.

Eis, que na vivência registrada acerca dos Taulipáng, tem-se a aldeia Koimélemong, ou "Maloca do Mel", às margens do rio Surumu, onde revelou-se um cenário encantado sobre o qual se destaca os rituais entrelaçados nesta tapeçaria temporal: 

Por exemplo, o meticuloso ato de descaroçar e pilhar o milho, o sagrado preparo da farinha de mandioca, o delicado processo de fiar o algodão para as redes que embalavam sonhos, os jogos tradicionais, tal como a brincadeira "Cama de Gato", e a graciosa dança Parixara (ou Parischerá) que ecoa ainda hoje como um sussurro ancestral. 

Ao buscar "colorizar" artificialmente esse documento raro, foi possível testemunhar novamente um pequeno fragmento da beleza intocada de uma era onde a simplicidade do convívio se traduz em verdadeira poesia a ser celebrada e novamente resgatada.

Espero que esta película possa ressoar como uma melodia antiga aos ouvidos atentos aos antigos sussurros da floresta.

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