Pular para o conteúdo principal

Talvez você goste

Goiabeira

  Goiabeira Eu ficaria aqui, embaixo de ti, como a tua sombra que acompanha o sol. Ficaria sempre aqui, apenas um menino, sem casa e sem rumo, aos teus pés a cochilar. Aqui eu ficaria, como o duro desse chão que abraça tua raiz; Como o tempo da estação que faz a fruta cair com tua aprovação. Ali, bem acima de mim, onde o vento fala de ti, contam galhos e silêncios; Bem aqui eu me deitaria, onde rezam os passarinhos, e, com folhas, me cobriria. Em ti não subiria. Seria teu chão, tua terra, Poeira a te sustentar, Mato que te faz companhia, Vento que te balança, Chuva que te acaricia. Ficaria embaixo, não por temer o céu ou cavar o duro chão. Teu simples existir eleva minha oração. Goiabeira , na sombra do meio-dia, embaixo de ti, ainda assim, logo abaixo de ti eu ficaria, não por preguiça ou covardia, Mas somente por só por um motivo - porque ali, embaixo de ti, Meu coração, com tua doçura amadureceria por Janderson Gomes (Caraumã) Reflexões em 18 de...

Filme Mudo em Cores: Theodor Koch-Grünberg - Cotidiano dos Taurepang na Maloca do Mel em Roraima (1911)

Jovens se divertindo com a brincadeira "Cama de Gato".

Prezados leitores, compartilho convosco uma incursão recente aos recônditos do passado, onde as maravilhas da tecnologia atual se encontraram com a saudade de um registro datado de 1911, um pequeno sopro acerca da história dos povos indígenas da América do Sul, em particular das paragens conhecida atualmente como estado de Roraima (Brasil). 

Eis que surgiu a vontade de buscar desvelar alguns matizes ocultos em tons de cinza.

Esta jornada, impulsionada pela ânsia de desvendar alguns matizes ocultos em tons de cinza, através da aplicação de técnicas emergentes do deep-learning, onde foi utilizado Python como linguagem de programação na plataforma computacional Colab do Google, pude trabalhar sobre este tesouro magnífico registrado por Theodor Koch-Grünberg e Hermann Schmidt, 

Exploradores os quais, como testemunhas do passado, capturaram parte da vivência dos Taulipáng (também conhecido como Taurepang ou Pemon) à época do início do século passado, transformando alguns registros cotidianos em verdadeiros tesouros para a eternidade.

Eis, que na vivência registrada acerca dos Taulipáng, tem-se a aldeia Koimélemong, ou "Maloca do Mel", às margens do rio Surumu, onde revelou-se um cenário encantado sobre o qual se destaca os rituais entrelaçados nesta tapeçaria temporal: 

Por exemplo, o meticuloso ato de descaroçar e pilhar o milho, o sagrado preparo da farinha de mandioca, o delicado processo de fiar o algodão para as redes que embalavam sonhos, os jogos tradicionais, tal como a brincadeira "Cama de Gato", e a graciosa dança Parixara (ou Parischerá) que ecoa ainda hoje como um sussurro ancestral. 

Ao buscar "colorizar" artificialmente esse documento raro, foi possível testemunhar novamente um pequeno fragmento da beleza intocada de uma era onde a simplicidade do convívio se traduz em verdadeira poesia a ser celebrada e novamente resgatada.

Espero que esta película possa ressoar como uma melodia antiga aos ouvidos atentos aos antigos sussurros da floresta.

Comentários

Postagens mais visitadas