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Inovação no Cultivo: O Robô CNC de Baixo Custo para a Agricultura Urbana em Santa-Cecília, Cantá - Roraima

A crescente demanda por soluções sustentáveis e inovadoras no setor agropecuário, especialmente no contexto urbano, impulsiona a adoção de tecnologias que promovam eficiência e precisão no cultivo de alimentos. Neste cenário, apresenta-se o projeto  @viveirolab : um robô CNC de baixo custo, adaptado para a automação de cultivos, que alia a robustez da tecnologia CNC à sofisticação de sistemas de monitoramento avançados. Foto: J. Caraumã. Sobre o  @viveirolab O início do projeto tem respaldo na urgente necessidade de viabilizar a cultivação de hortaliças, ervas e outros vegetais em ambientes urbanos de caráter restritivo e em recursos escassos.  Inspirado em ideias de automação industrial, é que o projeto sugere a conversão de uma matriz CNC tradicional para utilização em serviços agrícolas de alta acurácia para otimizar planta, rega e manutenção das culturas.  O robô foi projetado ainda por meio de suporte de tecnologia de impressão 3D para possibilitar a criação de ...

Doeu tanto, que nem senti direito


Doeu tanto, que nem senti direito

Ouvir-te dizer - eu te mato! 
Tão distante, após ser desamparado
Ái! Doeu tanto, que nem senti direito
Esse foi o Primeiro ato.

- Filho meu não é preto, dissestes.
Preto, tu és, de outro e sem retrato.

Oh, Deus que estás no céu! Pensei,
Sou infante, sou pueril, sou teu filho e sou grato!

Hei de viver sem pai? Indaguei
Todos os pais do mundo, agora herdei?

Ouvir-te dizer - eu te amo!
Tão distante, após ser desamparado
Ái! Doeu tanto, que nem senti direito
Esse foi o Segundo ato.

- Filho meu, essa dor em ti, quem tomou foi eu.
Já não posso viver aí contigo, mas vive tu em pensamento meu

Oh, Deus que estás no céu! Pensei,
Sou infante, sou pueril, sou teu filho e sou grato!

Hei de viver sem mãe? Indaguei
Todas as mães do mundo, agora herdei?

Não saber dizer - eu te amo!
Tão distante, após ter te desamparado
Ái! Doeu tanto, que nem senti direito
Esse foi o Terceiro ato.

- Amor meu, morrestes antes de nascer.
Vives tu, agora, desvairado, sempre procurando renascer?

Oh, Deus que estás no céu! Pensei,
Sou adulto, sou maduro, sou teu filho e fui ingrato!

Hei de viver sem amor? Indaguei
Todos os amores do mundo, agora herdei?

Ontem lembrei, eu cá cheio de pai, cheio de mãe e cheio de amor
Talvez possa até não doer, pois estou cheio de tudo, menos da vontade de viver

Hoje pensei, eu cá com pouco de pai, pouco de mãe e pouco de amor
O que mais quero é viver, mesmo que um pouco de mim, em cada esquina deixei morrer

Oh, Deus que estás no céu! Pensei,
Sou homem, sou falho, sou teu filho e sou grato!

Quem diria, preto e sem retrato, 
Também todo louco e alucinado,
Desasseado mal amado, abandonado.
Cheio do amor, no peito, transbordado.

Pensando além do bem e do mau, coitado!

Foi quando ouvi dizer o vento:
Sozinho, não estais.
Por Deus, és, mesmo que duvidais,
Filho dos muitos e também amado!
Ainda que poeta, sem rima e desatento.

por Janderson Gomes,
Reflexões em 15 de Julho de 2024.




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