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Inovação no Cultivo: O Robô CNC de Baixo Custo para a Agricultura Urbana em Santa-Cecília, Cantá - Roraima

A crescente demanda por soluções sustentáveis e inovadoras no setor agropecuário, especialmente no contexto urbano, impulsiona a adoção de tecnologias que promovam eficiência e precisão no cultivo de alimentos. Neste cenário, apresenta-se o projeto  @viveirolab : um robô CNC de baixo custo, adaptado para a automação de cultivos, que alia a robustez da tecnologia CNC à sofisticação de sistemas de monitoramento avançados. Foto: J. Caraumã. Sobre o  @viveirolab O início do projeto tem respaldo na urgente necessidade de viabilizar a cultivação de hortaliças, ervas e outros vegetais em ambientes urbanos de caráter restritivo e em recursos escassos.  Inspirado em ideias de automação industrial, é que o projeto sugere a conversão de uma matriz CNC tradicional para utilização em serviços agrícolas de alta acurácia para otimizar planta, rega e manutenção das culturas.  O robô foi projetado ainda por meio de suporte de tecnologia de impressão 3D para possibilitar a criação de ...

Saudades do Cauamé

Ah, Cauamé, rio sinuoso que serpenteia o meu passado,
Eu, menino, banhava-me em tua corrente, sem saber da vida o fado.
Quando a aurora te abraçava e anunciava a quentura de um novo dia,
O sol despertava do alto e alegre como uma promessa longe que te sorria.

Quantas vezes brinquei descalço na tua areia, sob um céu azul de nuvem arredia,
Cada raio luminoso e puro, ao tocar tuas pedrinhas nuas, falava em mim com saudade
De um tempo de simplicidade, onde a infância, a natureza e Boa Vista viviam em harmonia.

Vi-te vestido de floresta cheia de buritizais, perfume de lago e olhos de perdizes,
Com teu colar de rochas negras e lisas por segredos esculpidos em dias felizes.
Em busca da samaúma, minha infância florescia e a cruviana sibilante se escondia.

Com meus olhos de tamanduá, brincava majestoso em tuas margens,
Em busca de joaninhas, brincos dourados de tuas verdejantes vargens.
Caraumã te via de longe, como mãe zelosa olhando os filhos brincarem.

Ah, rio caudaloso, onde bebem os gaviões, forte como és - filho do lago Parimé,
Em tuas águas de eldorado, encontro a força para seguir em frente sempre com fé,
Sob a sombra do Caimbé, de raízes profundas, ainda sentir o passado presente.

Meu coração quente, filho teu, desejou voar.
Mas hei de para ti voltar, banhar em tuas águas,
E a saudade, enfim, dar por vencida
No Rio Branco da vida, do seio de tua ventura,
Para beber da tua água, rogo a Deus, ainda pura.

por Janderson Gomes,
Reflexões em 14 de Julho de 2024.


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