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Amanhecer na Serra Grande (Livreto)

Hoje é um dia especial para compartilhar com vocês o lançamento de Amanhecer na Serra Grande , o primeiro volume da série Caminhos do Interior . Esta obra é um convite para explorar as profundezas da alma humana e sua conexão intrínseca com a natureza, em particular com a majestosa região de Roraima. A narrativa começa em uma manhã tranquila, onde Iramari, filho do velho Kanarim, busca por respostas para suas inquietações por meio de um diálogo que ecoa o silêncio da serra e o movimento das nuvens. Cada página é uma oportunidade de contemplar a simplicidade que revela a grandeza da vida. O livro reflete vivências profundamente enraizadas na região da margem leste do rio Branco e costura temas universais como medo, coragem, paz interior e harmonia. Kanarim, com sua vivência humilde, nos lembra que as lições mais importantes da vida não vêm de respostas, mas do aprendizado paciente com a natureza e com o ciclo da existência. Espero que este livro inspire você a desacelerar, ouvir os vent...

O Denso Pensar


O Denso Pensar

No vasto espaço-tempo, onde a luz permita,
Entre véus de mistério e sombras da razão,
Jaz a simplicidade, essa chama infinita,
Qual pérola oculta na concha da criação

Ó tu, que buscas sempre em páginas douradas
Os segredos que jazem nos tomos ancestrais,
Não vês que as respostas, há tanto procuradas,
Repousam no silêncio dos gestos naturais?

Como alquimista que, em vão labor persiste,
Tramsmuta metais em busca do eternal,
Não percebe que o ouro mais puro só existe
Na generosidade do Ser Primordial?

Entre ventos e sopros de raciocínios densos,
Qual Picê alegre no próprio entendimento,
Descobrimos que os caminhos mais imensos
Convergem no ponto zero do momento

Eis que então, no ápice da incompreensibilidade,
Quando o conhecimento já não mais satisfaz,
Revela-se, nua em sua intimidade,
A sabedoria que no simples se faz

Como folha que dança ao vento sem questionar,
Como fonte que mata a sede sem filosofar,
Como criança que sorri sem teorizar,
Assim é o sábio em seu modo de estar

No degrau além dessa escada infinita,
Onde ser e não ser se fazem unidade,
A complexidade enfim se precipita
No abismo sublime da simplicidade

E neste paradoxo final se consome
Todo o peso do que foi acumulado:
O mais alto conhecimento não tem nome,
E o mais profundo é descomplicado

 por Janderson Gomes,
Reflexões em 22 de Outubro de 2024.

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