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Amanhecer na Serra Grande (Livreto)

Hoje é um dia especial para compartilhar com vocês o lançamento de Amanhecer na Serra Grande , o primeiro volume da série Caminhos do Interior . Esta obra é um convite para explorar as profundezas da alma humana e sua conexão intrínseca com a natureza, em particular com a majestosa região de Roraima. A narrativa começa em uma manhã tranquila, onde Iramari, filho do velho Kanarim, busca por respostas para suas inquietações por meio de um diálogo que ecoa o silêncio da serra e o movimento das nuvens. Cada página é uma oportunidade de contemplar a simplicidade que revela a grandeza da vida. O livro reflete vivências profundamente enraizadas na região da margem leste do rio Branco e costura temas universais como medo, coragem, paz interior e harmonia. Kanarim, com sua vivência humilde, nos lembra que as lições mais importantes da vida não vêm de respostas, mas do aprendizado paciente com a natureza e com o ciclo da existência. Espero que este livro inspire você a desacelerar, ouvir os vent...

Do Eidon


Do Eidon

Sob o céu azul
de uma manhã sem pressa,
a flor se abre, uma entre tantas,
e seu perfume toca o ar,
leve e sem intenção

A beleza renasce,
no simples existir sem exigência,
na entrega ao instante
que não busca ser mais do que é

A bondade passeia na sombra das árvores,
onde o vento brinca com as folhas
e as raízes se estendem
para juntas compartilharem a terra

Ela cresce na simplicidade
do gesto que não é visto, mas sentido,
como o calor que o sol dá,
sem esperar, a julgar todos
merecedores de sua luz

A justiça é a pedra no caminho,
que não escolhe quem a pisa,
mas oferece a todos o mesmo desafio

Ela repousa na água do riacho,
que esculpe o leito
sem temer o que encontra,
sempre boa e firme

A verdade se reflete no espelho do lago,
onde o céu e a terra se encontram
sem saber onde um começa,
onde o outro termina. 

Ela vive na brisa 
que fala sem língua, mas tudo diz,
e na luz que desenha a silhueta 
das montanhas ao longe

São o sonho antigo da Terra,
que se faz no cantar dos pássaros,
no sibilar do vento
E no farfalhar do mato

Elas se espalham,
não como conquistas,
mas como dádivas divinas
destinadas a florescem
no coração que se mantém aberto

Filhas da caridade, eternas,
presentes, e abençoadas além
do templo do espaço e do tempo

por Janderson Gomes
Reflexões em 03 de Novembro de 2024

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